A MINHA MÃE
ESTE TEXTO FOI ESCRITO EM 7 DE MAIO DE 2000
A minha Mãe é gorduchinha, e baixa, faz-me lembrar uma fada madrinha dos livros de histórias tradicionais.
Tem um olhar meigo e conseliador, a pele da sua face é macia, (eu sei, porque sinto quando lhe dou um beijo).
As mãos são pequeninas macias, mas no entanto trabalharam toda a vida, cozinharam, lavaram, coseram, ah! aquela baínha que se descoseu derepente, mas principalmente deram carinho aos filhos, aos netos e quem sabe qualquer dia aos bisnetos...
A minha mãe tem o cabelo encaracolado, como as ondas do mar, quando desenrolam na areia, e já têm uns fios cor de prata, como a espuma que desaparece.
Como me lembro, dos dias em que eu ainda pequenina, íamos comer a merenda no campo, e corríamos por ele cheio de flores amarelas, livres e cheias de alegria, eu e a minha irmã.
Essa alegria sentimos agora nos nossos filhos, pois sou Mãe, Mãezinha.
Um grande beijo da filha, que te ama...
Hoje dia 27 de Abril de 2010, e depois de teres tratado também de alguns dos bisnetos, quero deixar-te para além das palavras estas flores.