Poema
Fluir de um rio
Correm as águas do rio Passam na agulheta do tempo A mesma água não volta, nem pelo fio Não repete a sua passagem, observo, lembro A vida é como esse rio Na superficie a velocidade instântanea No fundo as correntes pesadas As pedras roladas, as plantas prezadas O que se esconde e funde no leito Escorregadio que com os tempos feitos Pouco mudam, pouco nadam A vida de um rio, não é só a agua que passa É as margens descoladas, divididas São quem passa quem refresca É a vida num todo que se compõe É quem mergulha, quem acha Quem muda, leva ou põe É quem toca no fundo Traz a vida que mergulha num rio também" Deepmoon" |
No Bico da Murtosa-Murtosa-Aveiro