Poema "Âncora"
" Âncora "
Estou preso ao meu idealismo
como uma âncora ao fundo do mar.
Que importa se os outros barcos fugirão,
todas as velas se desgovernarão,
se haverá todas as transigências
e temporais?
Que importa se não houver senão, o limpo horizonte
sem um gesto de terra,
a solidão...
Estou preso ao meu idealismo
como uma âncora ao fundo do mar.
não navegarei sem leme, não serei levado pelos ventos,
pelas correntes,
não soçobrarei aos temporais
nada me desarvorará.
Há um porto na minha bússola,
só levantarei âncora no rumo da minha decisão
estou preso ao meu idealismo .
( Poema de JG de Araujo Jorge do livro
- Antologia Poética Vol. II - 1a ed. 1978 )
Coincidência, fotografei estas bóias, por acaso com o nome de duas netas minhas.