Ontem
Ontem, foi um dia que vai ficar na minha memória. A minha neta, Inês, teve a festa do Pai Nosso, na igreja de Oliveira de Azeméis.Eram dez e pouco da manhã eu e o Manel, já estávamos na Igreja . Local, onde eu fui batizada, onde comunguei ,casei, e agora a minha neta , ali, com toda a devoção , o olhar carinhoso,voz doce,a ler a oração dos fiéis e a dizer o Pai Nosso. A VIDA, traz-nos esta duplicidade,um dia leva-nos à igreja para prestarmos a última homenagem a alguém muito querido que partiu , e noutro faz-nos sentir tão bem, por vermos e podermos assistir a uma tão singela ,serena e até paz, transmitida numa missa, onde toda a celebração é conduzida por um padre que fala com o coração ,àquelas crianças que tinha na sua frente, como a todos os fiéis. Ao contrário de outras missas, que tenho assistido e noutra localidade, onde o celebrante, ralha mesmo com os fiéis, foi uma comparação que fiz, depois de acabar esta celebração, porque saí mesmo bem , daquela Igreja onde senti a palavra de Jesus, e estive com a minha Neta.
É como em todas as profissões há bons e maus profissionais, mas no caso dos padres penso no mais intimo do meu coração, que ser padre é mais que uma profissão é uma missão. É ajudar os outros, é dar conforto, é preocupar-se com seu semelhante. Aliás como todos nós, mas Padre, muito mais. Isto é o desabafo de alguém que ainda tem as emoções muito à flor da pele.